Socialis

16.10.05

Avaliação Cursos de Serviço Social

Está finalizado o processo de avaliação externa [2004/05] dos cursos de Licenciatura em Serviço Social. A avaliação destes cursos integra-se na designada àrea de Acção Social.
Neste ciclo de avaliação foram abrangidos seguintes cursos:
  • Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa
  • Instituto Superior Miguel Torga
  • Instituto Superior de Serviço Social do Porto
  • Instituto Superior Bissaya Barreto
  • Universidade Católica Portuguesa [Lisboa]
  • Universidade Fernando Pessoa
  • Instituto Superior de Serviço Social de Beja
O Relatório Síntese da Avaliação e os Relatórios de Avaliação por curso podem ser consultados nos sites da Fundação das Universidades Portuguesas no caso da UCP [http://www.fup.pt/conselhodeavaliacao/relatorios.php?area=54&ciclo=5&ano=7]
e da APESP, para as restantes instituições [http://www.apesp.pt/documentos/universitario/quintano/accaosocial/acaosocial.htm]

O Diário Económico, no seu suplemento de educação, publicou um trabalho editorial sobre a avaliação dos Cursos de Serviço Social destacando que
ISSSL e UCP são os melhores em Serviço Social
[http://www.diarioeconomico.com/edicion/noticia/0,2458,675290,00.html].

6.10.05

Grupo de Trabalho sobre Cuidados Continuados

Por iniciativa do Director-Geral de Saúde está a ser constituído um grupo de trabalho sobre Cuidados Continuados ou de Longa Duração - Conteúdo Funcional e Boas Práticas dos Assitentes Sociais no SNS, com o objectivo, entre outros, de se produzir opinião e propostas sobre os conteúdos funcionais dos profissionais que integram as equipas multidisciplinares de cuidados de saúde.

1.10.05

Pós-Graduação "Saúde e Intervenção Social"

III CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO do ISSSL

Informações
www.isss.pt / rp@isss.pt

CANDIDATURAS até 17 de Outubro de 2005
Nos Serviços Académicos do ISSSL
Ou via Internet: www.isss.pt / rp@isss.pt

Seminário

Cuidados Paliativos: A importância da participação dos Assistentes Sociais
3 e 4 de Novembro de 2005

Integrado no II Curso de Pós-Graduação em Saúde e Intervenção Social organizado pelo ISSSL, este seminário destina-se em primeiro lugar aos alunos da referida pós-graduação, porém, dada a actualidade do tema pretende-se alargar a oportunidade de frequência a outros assistentes sociais e profissionais de saúde que de forma directa ou indirecta lidam com problemas relacionados com o fim da vida.

Objectivos:

- Adquirir informação sobre a história e filosofia dos cuidados paliativos
- Compreender a importância da integração das acções dos diversos profissionais da equipa de cuidados em função das necessidades do doente e família
- Compreender o papel do assistente social em parceria com o dos restantes profissionais
- Adquirir informação sobre formas de organização de cuidados paliativos e apoio no luto.

Informações ISSSL - 21 882 40 20 - www.isss.pt

Contribuição da APSS para o debate sobre a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários

No contexto da discussão pública do relatório sobre as linhas de acção prioritárias para o desenvolvimento dos cuidados de saúde primários (CSP), elaborado pelo grupo técnico para a reforma dos cuidados de saúde primários, criado por iniciativa de Sua Excelência o Sr. Ministro da Saúde, a Associação dos Profissionais de Serviço Social (APSS), através da sua Direcção Nacional e do seu Grupo de Trabalho da Saúde, entende apresentar as suas contribuições para o referido debate:

1- A APSS, sem prejuízo do espírito positivo que anima esta sua contribuição, não pode deixar de constatar a não participação de Assistentes Sociais (AS), enquanto profissionais de saúde, no referido grupo técnico, esperando que esta omissão possa ser ultrapassada na constituição das estruturas previstas para dar continuidade a este processo de reforma [ex.: Unidade de Missão (UM), Estruturas de Projecto e Agências de Contratualização].

2- A APSS deseja expressar a sua concordância geral com o espírito de reforma consubstanciado neste relatório, sublinhando o carácter decisivo dos CSP no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e particularmente dos Centros de Saúde (CS), partilhando plenamente a concepção de que os CS se constituem como “(...)o “coração“ do SNS e a estrutura de alicerçamento de todo o sistema de saúde.” (ponto 1, 1.1,pág. 4).

3- Neste sentido concorda-se com a importância atribuída no referido documento às seguintes propostas de medidas:

- A prestação de cuidados de saúde globais personalizados (em equipa multiprofissional), a melhoria da acessibilidade e da sua continuidade, através da criação das Unidades Saúde Familiares;
- O reforço dos cuidados de saúde no domicílio e da intervenção na comunidade, numa perspectiva de proximidade;
- A promoção da articulação entre CS e Hospitais;
- A política de desenvolvimento dos recursos humanos, que se considera uma dimensão estrutural do sucesso desta reforma;
- A valorização do papel dos profissionais administrativos;
- A implementação e actualização de sistemas de informação adequados.

4- Sem prejuízo da concordância geral expressa com as orientações do relatório, entende-se, na especialidade, suscitar as seguintes questões:

- Ponto 1. Reconfiguração e Autonomia Gestionária dos Centros de Saúde
A APSS reafirma a necessidade da sua audição relativamente ao regulamento tipo para os CS, que se prevê que venha a ser produzido pela UM, bem como, sobre a futura Lei quadro dos CS.
Sem prejuízo das posições que entender oportuno adoptar nesse contexto, a APSS expressa, desde já, a sua completa discordância pela solução adoptada no Dec. Lei n.º 157/99 de 10 de Maio, que o Governo repristina na Resolução do Conselho de Ministros n.º 86/2005 de 27 de Abril. Mais especificamente, a APSS não concorda com a extinção do Serviço Social (SS) enquanto unidade orgânica, consagrada no regulamento dos CS em 1971 (Dec. Lei n.º 413/71 de 27 de Setembro) e reafirmada pelo Despacho Normativo n.º 97/83 de 22 de Abril, onde se define a constituição e as atribuições do SS.
Do mesmo modo expressa-se total reserva nos termos utilizados no Dec. Lei n.º 157/99, no Art. 13.º Unidade de Cuidados na Comunidade, ao atribuir a direcção dessa unidade a um enfermeiro, entendendo-se que o SS deve manter-se como um serviço autónomo, hierarquicamente dependente do orgão máximo do CS. A coordenação técnica do SS deverá, em nosso entender, ser efectuada por um profissional da respectiva carreira, colocado a nível regional.

Ainda neste ponto e relativamente aos processos de avaliação e de melhoria contínua da qualidade, a APSS não pode deixar de manifestar a sua estranheza pelo facto de apenas ser feita referência aos resultados do MoniQuOr e à intervenção do IQS, ignorando-se, de forma absoluta, a tradição de trabalho dos GU, que existem desde 1986, e o investimento já feito no Programa SIM-CIDADÃO, e em funcionamento nalgumas regiões de saúde. A APSS considera que as estruturas e programas já existentes, e designadamente o GU, cujo funcionamento tem permitido a recolha das queixas, opiniões e sugestões dos cidadãos utentes dos CS e outros serviços de saúde, são elementos essenciais ao desenvolvimento da qualidade mormente nas dimensões do acesso, atendimento e direitos dos doentes.

- Ponto 4. Outras dimensões da Intervenção na Comunidade – A APSS manifesta a necessidade, na definição das áreas, programas e projectos de intervenção na comunidade, de maior precisão na utilização de noções como as de “apoio psico-social” e “componente de apoio social”, que são utilizadas no relatório, de forma a promover não só uma maior clarificação das diferentes dimensões envolvidas mas também das especificidades profissionais no âmbito do funcionamento de equipas funcionais multiprofissionais. Trata-se de uma dimensão que será de toda a conveniência ser devidamente considerada no regulamento tipo e lei-quadro dos CS e para a qual, a APSS, como foi já referido, espera ter oportunidade de contribuir.

- Ponto 6. Desenvolvimento dos Recursos Humanos - A APSS considera desadequada a utilização do termo “técnicos de serviço social”. A designação correcta é Assistentes Sociais, integrados na carreira técnica superior do regime geral, com a categoria de técnicos superiores de serviço social.

Como é também referido neste ponto do relatório, existe um défice considerável de vários técnicos de saúde, entre os quais se encontram os AS. Neste contexto a APSS considera indispensável que se proceda ao levantamento das reais necessidades destes profissionais, com base em critérios como a densidade populacional, as especificidades da população e a racionalidade dos meios. Pelo que, para além de uma abertura faseada das vagas de quadro já existentes, haverá, com toda a certeza, necessidade de criar e/ou aumentar o número de vagas.

- Ponto 7. Enquadramento e Desenvolvimento do Sistema de Informação - A APSS considera fundamental a criação de sistemas de informação adequados às competências de cada grupo profissional, incluindo o serviço social, encontrando-se já em estudo alguns projectos para esta área, nalgumas Sub-Regiões.


Lisboa, 5 de Setembro de 2005

O Sub-Grupo de Trabalho para os CSP:
– Cristina Patronilho – Sub-Região de Saúde de Setúbal
– Maria José Passos e Maria Gonçalves – Sub-Região de Saúde de Lisboa
– Fernanda Gomes – Sub-Região de Saúde de Coimbra
– Trindade Semedo – Centro de Saúde de Moura
– Maria Goreti Lopes – Sub-Região de Saúde do Algarve

A elaboração deste documento contou também com os seguintes contributos:
– Centro de Saúde de Lousada - Marta Mendes
– Centro de Saúde de Paranhos - Herminia Machado
– Centro de Saúde de Vila Real 1 - Irene da Fonseca
– Centro de Saúde de Vila Real 2 - Maria Lurdes Barroso
– Sub-Região de Saúde de Bragança - Adelaide Ribeiro